sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

El burro " GENARO "

No caminho francês de Santiago, 2012, ao 23º dia entre Ponferrada e Villafranca del Bierzo, cruzei-me com  este ilustre peregrino ( que, como um asno, teimoso, apesar de se deixar fotografar, não arredava pé dali  ! ) :

- "el bueno de «Genaro», el asno más famoso de VALTUILLE DE ARRIBA,que pertenece a Villafranca del Bierzo y quizá de todo LÉON, por haber salido en portada de una revista. «Genaro», paciente y sereno como la mayoría de los burros, pone su sensatez al servicio de las muchachas, que lo acarician, le hablan, le saludan y pasan media tarde con él. «Le queremos mucho, porque es muy bueno».

domingo, 13 de janeiro de 2013

GERÊS : etapa 5 ª - "Francisco's Birthday""

Muere lentamente
quien destruye su amor proprio, quien no se deja ayudar ...
 NERUDA, pablo
 

O Trilho : no dia do "Happy Birthday of  Francisco"
05Jan2013
das 18:50 h às 21:00 h

" Vocês agora ficam aqui enquanto eu vou à procura dos outros. O meu Tio está na Vila. Já falei com ele ... vai ficar à nossa espera. Chegou lá àcerca de 1 hora atràs."

 O M. só queria ver o F. fazia-lhe falta o companheiro do mesmo agrupamento de escutas e da mesma escola. Alunos na Escola Secundária, Barcelos. As tristezas e as alegrias nas suas vidas são de ambos ... sociedade de amigos !

 Não muito depois, ouvem-se gritos de euforia e alegria que rompem o silêncio da noite e atravessam o mato na nossa direção. O Mega havia localizado os outros e trazia-os de volta ao nosso trilho. O F. também, claro !

Já não sentíamos medo, agora todos juntos, sabíamos que era uma questão de tempo, cuidado no avançar, e que ninguém se magoasse. O terminar tarde esta expedição seria o menos importante desde que chegássemos sãos e salvos ao Gerês.

 É-me oferecido um "cachorro" pelo bom do M. que já tinha acesso à sua mochila nas costas de F. Recusei, mas agradeci. Ele só lamentava ir perder o leitão à moda da Bairrada que o pai comprara para a ceia na noite dos Reis Magos. Em casa ou na Meta dos Leitões, Bairrada  (uma boca ).

 A alegria que sentia ao observar e ouvir estes jovens era o meu alimento e suprimia qualquer carência substituída pela abundante satisfação e prazer por fazer parte deste grupo de excecional sentimento solidário, na partilha e ajuda num dia tão especial. The F.'s Birthday.

Mais tarde disse :
" foi uma aventura e tanto. um aniversario inesquecivel! acho que temos de repetir para o ano! "

| Para quem não sabe o Seminário do F. na Licenciatura de História versou sobre os Jesuítas no Japão. Muito difícil mas que ele ultrapassou muito bem.|
|
( Arménio dos Santos Morais ) |

 Havia chocolates, salgadinhos, água ... A D.,  a primeira a ter rede no telemóvel e após enviar um SMS ofereceu o uso do seu aparelho a quem dele precisasse, escutei parte de uma chamada  :

"Desculpa papá. Estive sem rede. Está tudo bem por aqui. Não vos preocupeis isto apenas está a demorar um bocado mais. Até já papá, mamã....beijinhos"

 Dizer que estava tudo bem era a uma  maneira de dizer que não estava perdida, que não estava zangada, que não regressaria a casa a horas que estavam combinadas. Mas, claro, essa não era a resposta completa que gostaria de dar aos pais. A verdade disse mais tarde quando falando para o Mega e apontando outro disse : " é nele que eu confio ". Estou certo que foi apenas um momento único de exaltação e desalento por tudo o que estava acontecer.

 Retomámos a marcha. À frente o líder, desbravando o caminho, a S. e o M. logo atrás. Eu segui entre este primeiro grupo e os restantes. Havia um cuidado especial, que não foi solicitado, dos elementos de todo o grupo em ajudar dois, em especial a mim. Á frente de cada um de nós alguém com uma lanterna iluminava o passo seguinte. Atrás outro segurava, indicava, protegia, arrumava pedras, troncos, ramos silvas...

Tanta generosidade era comovedoramente doce. Até dava compaixão cair pelo trato que me era dado logo de seguida por todos. No final alguém diz : " não caí vez alguma, devo isso aos outros ".

 Pela minha parte, só para mostrar que estava bem, fiz o meu número de Tarzan na selva. Com as mãos agarrei um ramo de árvore, soltei o corpo no ar, balanceei o corpo e deixei-me cair estrondosamente num nível mas abaixo. O M. riu vezes sem conta por tamanha proeza macaca da minha parte.

 O resto do caminho ... como sói dizer-se, fez-se andando. A certa altura ... a água do riacho desapareceu ? E agora ? Seguimos o Mega que pronto anuncia : " já está...há aqui uma mangueira de água...é segui-la mais 300 mts, depois apanhamos a estrada para a Vila e são 3 a 4 Km ".

 Estávamos a salvo e sãos. O riso voltou às nossas caras. Comeu-se e repartiu-se entre todos o resto de comida que havia. O Mega e o F. foram mais ligeiros à Vila buscar os carros para poupar os restantes de percorrer toda a distância  no alcatrão. Estávamos exaustos, com fome, sede e frio.  Contudo outra coisa acontecera :

 Acabara-se a festa de aniversário do F. para o qual foramos convidados pelo Megatrilhos !

Obrigado a todos ...

...com amor

Mário

sábado, 12 de janeiro de 2013

GERÊS : .etapa 4ª - "inside the black wave"

Muere lentamente
quien se transforma en esclavo del hábito repitiendo todos los días los mismos trayectos ....
NERUDA, pablo

O Trilho : "inside the black wave"
05Jan2013
 das 17:50 h às 18:50 h

 Quase sempre segui na 3ª posição. Num grupo de 3 : Mota, Sandra e eu . Disse quase sempre. O quase era a exceção quando tropecei, escorregei e caí eles juntaram-se a mim. "Está magoado ? pode-se levantar ? como foi ?". Era natural sendo o mais velho, mais volumoso, fisicamente mal preparado e de mochila às costas, que dificultavam os meus movimentos, ao passar por baixo, por cima, através de densa vegetação e subir, descer, passar ao lado de pedras escorregadias a probabilidade de cair era grande.


 Estando escuro, muito escuro, o companheiro da frente ou de trás era um ponto de luz na escuridão, não via nada, mas esse minúsculo sinal era alguém que estava ali o que era bom. Não estava só. Temia pelos outros, como estariam ? a angústia era enorme por não saber dos meus companheiros, os da frente  : Mega e Lino e os restantes, um grupo de cinco.
 Sofria. Caminhava sobre e entre pedras depositadas no fundo do vale como leito do riacho encravado entre portentosas e altas margens, a pique, cheias de arvoredo. Escarpas impossíveis de escalar. Este trajecto para a Vila de Gerês tinha sido a nossa escolha.
  Na vida não há prémios, nem castigos apenas consequências e essas estavam aqui.
  Escuridão, Sofrimento, Sacrifício, Angústia. Essa escolha a dado momento foi questionada : "vamos mudar de trajecto ? escalar a margem até lá cima ? de lá ver-se-ão os outros ?"
 Mas não. A nossa opção foi seguir o curso do riacho. O "Mega" assim tinha instruído e estaria à nossa espera mais à frente. A Sandra e o Mota íam de mãos livres, apenas com lanternas e uma delas era a minha, não transportavam mochilas apenas eu o fazia. Dentro dela trazia : uma sande tipo Hamburger, água, manta térmica, 2 Kispos, ...a noite poderia ser longa e teríamos que esperar pelo dia.
 A cada passo o Mota e eu, gritávamos pelos nomes dos nossos companheiros mas "feedback"...nada.
 Não tínhamos rede nos telemóveis, nada mesmo, completamente perdidos, a visibilidade era de 1 a 2 metros para a frente e para trás, quando a Sandra estava mais perto de mim podia ler na sua jersey de bttista " ONDA WHITE"












ironia do destino estávamos mais dentro da "black wave".

  Nesta onda eu tentei "rip curl" pelo menos 3 vezes. Na wave crest foi como da minha primeira vez ao aprender andar de patins. Parti-me todo, em três tempos, bati de cú numa pedra depois com as costas e por fim com a cabeça. E que sorte a minha ! saí ileso destas quedas ! As fotos mostram as consequências físicas e à vista por mim sofridas. As outras continuam lá dentro guardadas.
Quando deixámos de nos preocupar com as horas e com os outros e nos concentrámos em andar para a frente eis que ouvimos uma voz. O Mega estava já connosco. " O Lino está na Vila à nossa espera. Agora tenho que procurar os outros. Já falta pouco."
 Mota : "tenho fome !"
 Dividi com ele o meu hamburger.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

GERÊS : etapa 3ª - no abismo

Muere lentamente
quien evita una pasión y su remolino de emociones, justamente estas que regresan el brillo a los ojos y restauran los corazones destrozados.
NERUDA, pablo

O Trilho no abismo 
 05Jan2013

16:30 h

 Saídos dos Castelos, escolhida uma rota, tomamos a direção da Vila do Gerês.  
 Surpresa ! 
 Duas colegas, paradas há +/- meia hora, esperavam o grosso do grupo. Porque pararam ? É pá, ali à frente há uma ravina alta, cheia de mato, vegetação, ... aquilo mete medo !









 
   O Mega e o Lino tomam a dianteira e vão averiguar. 
   Vamos no encalço deles. Entramos numa zona de acentuado declive. São 17: 30 h daqui a nada a noite...a escuridão.


    A unidade do grupo é desfeita e a prudência aconselha alguns de nós a não descer a perigosa ravina e procurarem uma alternativa menos perigosa.
    O Lino como um "Bode do Monte" ( nome carinhoso de outros megatrilhos ) evade-se.
    Eu, a Sandra ( mais atleta de BTT) e o Mota ( ágil escuteiro ) seguimos, conforme sugestão do Mega.
    O nosso GPS seria o sentido do correr da água do riacho. Só a água, o facto dela estar ali, nos podia salvar nesta situação confusa.


    O curso do ribeiro que ora se vê, ora descansa em poça, ora se volta a esconder para aparecer mais em baixo, corre por entre muitas, e muitas pedras, estas formam o verdadeiro riacho e constituem um leito em escada cujos degraus são todos desiguais, umas vezes de focinho alto outras baixo, umas vezes patamar largo outras baixo, alargava-se ou estreitava-se e afundava-se entre margens altíssimas e medonhas.
A água ? aparecia e desaparecia, padecia ou corria, a ladear este leito, que também podia ser de cascalho ou areia, misturados com árvores e arbustos ligados por silvas, e mais troncos grossos ou delgados, rijos ou podres, ervas altas, ramos soltos e emaranhados, tanto passávamos por baixo dos troncos caídos, resistentes ou não, descascados, macios e escorregadios, como por cima, com as mãos afastávamos os ramos dos arbustos que procuravam a claridade no meio do leito das pedras, os humanos e natureza irmanados na busca da luz e da água, fontes de vida, na única zona pedonal feita de pedras, escorregadias e viscosas, soltas ou não, era sem dúvida o caminho para a liberdade. Isso mesmo dizia a água que nesse leito corria sempre, para baixo, para o sítio que intuímos ser a saída deste abismo.

    Quase sempre segui na 3ª posição. Por esta ordem : Mota, Sandra e eu .
    A Sandra preocupou-se muito comigo : "Mário venha pela direita"; " quando digo direita, é mesmo direita"; "vire-se de costas, ponha um pé aqui e o outro sobre as minhas mãos ( ela está em baixo de pé com braços estendidos na frente com mãos entrelaçadas) e agarre-se nos meus ombros"; " agora aqui tem que descer de cú, barriga para cima"; "Oh meu Deus, não se mexa, espere, consegue levantar-se sózinho ?"; "magoou-se?"; "pegue a lanterna"; "puta que pariu, molhei-me toda!"; " Ah você ouviu ?, não sabia que estava aí"
" Mota vês o Mega ? "


  J. Magalhães, o " Mega " : era, para mim, o único elemento conhecido do grupo. Conheci-o em Léon, no meu Caminho Francês de Santiago de 2012, rapaz simpático, alegre, de boas e altas risadas, fala rápido e conciso, prático, amante do andar depressa por montes, vales e outras pradarias, respeitador e sempre com uma palavra amiga, espera pelos que se atrasam e tem sempre uma palavra de conforto. Nestas andanças alimenta-se de papas, barras energéticas e chocolate preto pantagruel, (usado em geral para culinária ?), que reparte com os outros. Usa na indumentária suspensórios:

"Você não precisa de exagerar nas cores e nem fazer combinações estranhas, mas porque não usar uns suspensórios vermelhos com o seu terno azul? Fica super fashion e vai dar a seu visual, aquele estilo preppy que está procurando. E dá também para usá-los de forma cruzada ou de forma normal. Com o terno, não é aconselhável deixar seus suspensórios soltos, sobre as calças."


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

GERÊS : .etapa 2ª - os prados ....

Muere lentamente
quien no gira el volante cuando esta infeliz, con su trabajo, o su amor.... 
 NERUDA, pablo

O Trilho da Tarde
 05Jan2013

14:30 h
Retoma-se a marcha agora em direcção ao Prado do Camalhão



onde moram centenários Carvalhos despidos de qualquer roupagem.

Para trás ficaram os espanholitos, " una pareja mas una chica y tres guapos menores y uno perro". Aqui Mota chama pelo "Mega", que já distante e subindo o monte volta atrás, para orientar "lo tio" que queria seguir até Leonte para apanhar seu "coche". Mega dá-lhe os mapas para que se orientasse melhor, neles, a marcador
fluorescente, assinala a rota, aponta-lhe a direção do monte conhecido pelas "Pernas da Mulher" onde teria que virar à esquerda e depois descer. A charla acabou com " bom Camiño " e " adelante como os de alicante".
pero a menudo nuestros hermanos estaban haciendo un churrrasco con una hoguera en el parque y está prohibido por la ley. Hóstia !

No Prado do Camalhão foi-nos mostrado pelo João Magalhães : Roca Negra ( e seu Pico )  e Borrageiro. O atraso no início, indecisões pelo meio e já o adiantado da hora, 14:54 h, obriga-nos a rumar aos Castelos


 A subida um pouco íngreme e sem "mariolas" visíveis faz-se relativamente bem,
 é feita em fila indiana e pequenos grupos , dois a três, por acaso, eu o mais velho de todos, estou a subir com os dois mais novos o Fábio e o Mota

 
( ao F. tocava levar a mochila que à vez partilhavam ), o caminho era árduo e penoso, já me sentia uma "banana pankake" após o "breakdown" para o almoço era "better together" seguir com este "good people" escutando a música que saía do telemóvel do M. repetidamente, a irreverência dele e a sua alegria era contagiante , cantava sempre usando o aparelho como microfone constrastando com o silêncio e o comedimento do F. que com a sua grande trunfa estilo carapinha fazia lembrar aqueles microfones peludos de TV que tudo captam. Perguntei ao M. que aparelho usava para ouvir a música e quem a cantava. Mostrou-me um pequeno objecto que apenas e só  lembro ser côr de rosa ( não distingue entre telefone e leitor mp3) dizendo mais qq coisa para mim impercetível, mais preocupado que estava onde pôr os pés. Fiquei sem saber quem era aquele músico que ruidosamente nos acompanhava e que nos tornava o rural mais urbano, o longe mais perto, o raro no de sempre, como as nossas vidas diárias. Mas agora já sei o nome do agradável intruso : JACK JONHSON.

Estamos na proximidade de um muro, a meia altura, de pedras arrumadas à mão que divide duas freguesias,

segue-se uma descida, bastante inclinada sobre o granito de pedras irregulares, muito técnica e depois finalmente chegamos à base dos Castelos guardados por duas grandes mariolas, o relógio marcava, 16:00 h.



Aqui tiramos uma fotografia do grupo.


A caminhada estava a ser excelente e a paisagem linda de morrer. O "MEGA" apontava a dedo e dizia, à medida que ía rodando o seu corpo e os dois fios brancos do gorro laranja se agitavam, ali está a Calcedónia (sul) , depois Roca Negra (este ), Borrageiro (norte), Pé de Cabril ( noroeste), Louriça (oeste). Dois de nós, seguindo as instruções do guia, iniciam o regresso à Vila do Gerês por determinada direção, os restantes ( 8) subimos ao alto dos Castelos

para admirar a paisagem e quem sabe ? de lá ver o mar, pois que em certos dias isso é possível, o que não foi o caso, mas  valeu pela beleza contemplada lá do alto.

 
Cerca das 16:30 h fomos ao encontro dos que já haviam iniciado o regresso.
O pôr do sol apontava para as 17: 50 h, faltava neste caso 1:20 h para no Parque da Peneda-Gerês o grupo entrar na escuridão ....

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

GERÊS : etapa 1ª - o Rio do Arado

Muere lentamente
quien no arriesga lo cierto, ni lo incierto para ir detrás de un sueño....
NERUDA, pablo

Os amigos 

 05Jan2013

07:45h
Saída de Braga ( 1 hora de atraso em relação ao previsto)...por estrada secundária em direção ao Gerês.

Vamos em dois carros.
No Micra do "MEGA" : João Magalhães, Sandra, Mário, Lino e Helder .
No outro carro : seguiam mais cinco elementos.

O Trilho
09:20h
Chegamos à Vila do Gerês, fazem-se algumas apresentações entre nós, consultam-se mapas, ajustam-se agasalhos.

Ataca-se a primeira subida em passo rápido, está frio, ao fim de 1/2 hora já despia o meu blusão de agasalho, até ao Miradouro do Velho ( Alt 834 ) demorámos 1 hora.


Andamos mais 1 hora e surge a primeira hesitação.
Por onde vamos agora ? Tio e Sobrinho (Lino e Mega) estudam a melhor rota, procuram-se "mariolas


( montes de pedras encasteladas que assinalam, aos que por ali passam, a direção a seguir, são como que as setas amarelas no Caminho de Santiago ).
Vê-se, ao longe, um descampado para estacionamento de viaturas é perto da Cascata do Rio do Arado.
Ao meio-dia estamos a passar pelo Curral das Éguas.

O reabastecimento de água, limpa e fresca, na Fonte da Chá do Arado pelas 12:30h.

 Cinco minutos após a travessia da ponte com dois arcos no Rio do Arado.
 Do largo aí existente admiramos a bela Cascata do Arado.
 Aqui interagimos com outros viajantes...


Até aqui a paisagem foi soberba, o chão coberto de muitas folhas castanhas e amarelas causam um efeito almofada ao pisá-las.

O sol nascente da manhã lança os seus raios por entre as muitas árvores existentes, pinheiros e carvalhos na maioria. Muito musgo, bonito e fofo.

Cogumelos aparecem de quando em vez.


Mas o que se vê, muitas e muito são pedras : gigantes, grandes e pequenas.

O cenário faz juz à beleza do Parque Nacional Peneda Gerês. Neste tempo que se avizinha a minha ausência ao desfrutar de tanta beleza a minha tristeza foi de uma grande alegria.

O almoço14:00
Ás duas horas da tarde o grupo parava para almoçar no Prado do Teixeira.


A cozinha estava lá, tomava conta dela um catraio de côr branca de 5 anos .


Na mesma habitação deste condomínio ao abrir-se uma porta de um dormitório podiam ver-se umas pantufas, que outros pés abandonaram, a laje térrea era de cimento e os colchões não mais que 2 pranchas de tábua encostadas a uma parede. Pendurado do tecto uma corda de nylon verde na esperança de algum dia prestar-se ao serviço de execução e cumprimento de pena máxima sentenciada pelo próprio por motivo de desgosto amoroso ou outro qq desvario.

Do seu cada um comeu e bebeu o que quis. Ofertava-se de um lado e do outro. Umas vezes dizia-se que sim outras que não. Acho que o chocolate negro pantagruel do Mega ninguém recusou. Depois de comer a papa de bébé e de ter pegado naquilo, que os bébés fazem muitas vezes sem avisar, só que neste caso não se tratava de caca humana, esta voou pelos ares sempre acompanhada de risadas múltiplas. Meia hora foi quanto levou o nosso almoço. Conclui que eles já se conheciam todos muito bem. O ambiente estava ótimo.

GERÊS : saídos da escuridão ...O Objectivo.

Muere lentamente
quien no se permite, ni siquiera una vez en su vida, huir de los consejos sensatos...
NERUDA, pablo

 06:15h
 Saio de casa... tomo a autoestrada A3 direção Braga.

Objectivo - juntar-me ao grupo, para o qual fui convidado, que vai efectuar um
Passeio no Gerês ... com Neve ? Talvez sim, talvez não !!!
Vila do Gerês
Sábado, 5 de Janeiro de 2013.  06:45h até às 19:00h
Consiste em fazer um percurso pedestre de cerca 20Km com elevada dificuldade... Começa na Vila do Gerês sobe-se à Pedra Bela, vai-se até à Cascata do Arado (subida e descida), sobe-se para o Prado do Teixeira, continua a subir até à Roca Negra (se for possível vai-se ao pico), viragem para o Borrageiro, passagem (se possível) nos Cavalos e, por fim, chegada à Vila do Gerês...


A organização estava a cargo de João Magalhães o " Mega " , de Barcelos, que conheci perto de Léon, onde a 02-10-2012 escreveu no " The green book of the Camino de Santiago by  the Portuguese Pilgrim" o seguinte :

                    Bem, Mário obrigado pela pequena companhia.
                    Como te disse este é o caminho.
                    Todos aprendemos com todos.
                    Caminha ao teu jeito.

                    Chega a onde te apetecer chegar. Mas chega.
                    Faz o teu caminho.
                    « Bo Camino »

Léon
                                              
     João e a mochila Amélia

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

AMOR DE MÃE, SABEDORIA DE SOGRA !

- ó mãe já não sabe assinar o seu nome ?
- porquê ?
- Olhe, no banco não reconheceram a sua assinatura naquele documento que lhe tinha pedido para assinar.
- Que queres. Enganei-me, abreviei um apelido no meio, escrevi V. e não me lembrei que tinha que ser igual à do BI. Já tenho 80 anos.
- Ah !Ah ! vem agora com desculpas. Se não fosse esse engano o dinheiro já estava na sua conta.
- Olha meu filho...porque ralhas comigo... nunca te enganaste ? Já fizestes tantas asneiras e eu nunca te disse nada !
Ele calou-se. Baixou o olhar.
Ela não disse mais nada. Olhava para ele sem se cansar como sempre fazia.


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

we lost our way in the talking

It is really great and brings up so many memories for me.











I've arrived at my country well thanks to your concern.

God put you into my memories, too.

We'll live with good memories..^^

Camino was very fabulous experience. I will never forget that I was pilgrim.

I already miss you and the time in the Camino.

I remember you ... the time which we met in the camino at first, the food which you made, your photos, your smiles.,etc..

| Min, Korea |