domingo, 15 de julho de 2012

À distância de metros


Deixaste ficar um poema quando
levada de mim trocando meus cinco dedos por
outros
dois de conversa. Do outro lado da sala
(à distância de metros)
cruzámos um olhar vadio quanto dois desconhecidos
que se ferem de raspão
num corredor de autocarro. Desse
teu vestido injusto
(à distância de metros) o
teu olhar sobre o meu soltou qualquer coisa aguda
(qualquer
coisa em carne viva) qualquer
coisa de adultério.
JOÃO LUÍS BARRETO GUIMARÃES

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